Com o objetivo de atender aos Agricultores/as Familiares, Assentados/as de Reforma Agrária para viabilização das suas unidades de produção na dimensão do desenvolvimento rural sustentável e solidário, fortalecendo o associativismo e o cooperativismo, o CEALTRU luta na defesa da assistência técnica e extensão rural, continua e gratuita.
“…o CEALTRU luta na defesa da assistência técnica e extensão rural, continua e gratuita…”
Referendado na Política Nacional de Assessoria Técnica e Extensão Rural-PNATER (MDA, 2010) em conformidade a Lei Nº 12.188 de 2010, a proposta resgata a ênfase na atuação proativa do público preferencial que assumem a condição efetiva de verdadeiros sujeitos que passa a se relacionar com outros sujeitos de diferentes formas de apoio a suas realizações, nessa perspectiva, a relação do saber popular, o conhecimento empírico, as experiências seculares dos camponeses/as e mesmo sua capacidade de também gerar conhecimentos. Noutra via, apresentam-se os/as técnicos/as com seus conhecimentos científicos que interagem com o saber dos camponeses, essa junção engendra um novo saber requalificado em validação no dia a dia.
A expertise do CEALTRU com a ATER garante também processos educativos, críticos, dialéticos e transformadores capazes de gerar o empoderamento das famílias e de suas organizações representativas. Para tanto, há de promover uma assistência técnica, construída a partir de um amplo debate com todos os segmentos e tendo como referência, entre outros, os seguintes princípios:
- Desenvolvimento rural sustentável compatível com a utilização adequada dos recursos naturais e com a preservação do meio ambiente;
- Adoção de metodologias participativas com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural;
- Adoção dos princípios da agroecologia como enfoque preferencial para a produção sustentável;
- Equidade nas relações de raça, gênero e etnia;
- Contribuição para a segurança, soberania alimentar e nutricional;
- Construir sistemas de produção sustentáveis a partir do conhecimento cientifico, empírico e tradicional;
- Aumentar a renda do público beneficiário e agregar valor a sua produção;
- Apoiar o associativismo e o cooperativismo, bem como a formação de agentes de assistência técnica e extensão rural;
- Promover o desenvolvimento e a apropriação de inovações tecnológicas e organizativas adequadas ao público beneficiário e a integração deste ao mercado produtivo nacional;
- Promover a integração da Ater com a pesquisa, aproximando a produção agrícola e o meio rural do conhecimento científico.
Seguindo estes principios, a assistência técnica extensão rural incorpora os seguintes elementos:
Integração Saber Popular e Saber Científico: possibilitando o diálogo entre agricultores/as e técnicos/as a partir da concepção que todos têm o que ensinar e o que aprender.
Adequação aos Contextos Cultural, Político, Social e Ambiental: compreendendo a realidade em que vivem os/as agricultores/as familiares, seus costumes, valores, tradições e crenças, suas estratégias de produção, organização política e social.
Democracia e participação: valorizando critérios de equidade e igualdade e de oportunidades para todos sujeitos envolvidos, de integração e de participação ativa, de respeito das diferenças, de modo que técnicos/as e agricultores/as familiares assumam o lugar de protganista da sua história.
Formação Contínua: favorecer maior apropriação e domínio de informações, conhecimento e recursos tecnológicos, desencadeando processos de superação das desigualdades, do preconceito, da opressão, gerando novas relações que permitam o empoderamento dos segmentos mais injustiçados.
Relações Equidade de Gênero, Geração e Etnia: inserir em suas vertentes a abordagem da equidade de Gênero, Geração e Etnia, incluindo de maneira ativa e afirmativa, mulheres e jovens, quilombolas, negros e indígenas, destacando a importância histórica e cultural desses segmentos na gestão da unidade de produção familiar e no processo de tomada de decisões.
Agroecossistemas Sustentáveis: primar pelo estabelecimento de desenhos de sistemas sustentáveis de produção de alimentos, contemplando a diversidade de cultivos agrícolas e criações animais, embasados no paradigma da Agricultura Agroecológica, otimizando o uso dos recursos naturais, o manejo da matéria orgânica, a ciclagem de nutrientes, a produção e reprodução de sementes crioulas, os arranjos agroflorestais e práticas sustentáveis da criação animal. Nessa perspectiva trabalhando coletivamente estratégias para transição agroecológica dos sistemas produtivos, até galgarem um estágio de consórcios agroecológicos de produção de alimentos e ainda atingirem as bases de conformidade para o processo de certificação orgânica. Os sistemas agroecológicos de produção deverão estar alinhados com a com a estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional delineada para as comunidades.
Geração de renda: melhorar a renda das famílias, com consequente elevação da qualidade de vida. A ATER do CEALTRU estará acompanhando as atividades produtivas no intuito de fortalecer os/as agricultores/as a escoar sua produção gerando renda as famílias benefiárias.
Integração com outras políticas: facilitar a construção de relações de sinergia e parceria com os diferentes agentes, órgãos e entidades que desenvolvam políticas afins com os interesses dos grupos beneficiários de sua intervenção, nas esferas local, estadual e nacional. É importante que se desenvolvam redes solidárias de economia, de apoio às atividades produtivas e de comercialização.
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